Com a criação da Base de Dados do Poder Judiciário (DataJud) e a centralização das informações processuais em âmbito nacional, tornou-se essencial garantir a precisão das movimentações lançadas nos sistemas judiciais. Diante desse cenário, a Escola Superior da Magistratura da Paraíba (Esma-PB) promoveu, na manhã desta sexta-feira (5), o webinário ‘Movimentação Processual Criminal e Cível para o 1º Grau’ – Turma Criminal. A próxima edição, voltada para a Turma Cível, está agendada para o dia 19 deste mês, das 9h às 12h.
A capacitação foi conduzida pelo juiz da Comarca de Caaporã e coordenador da Curadoria da Inteligência Artificial de Predição de Movimentos Processuais (Sebastiana), Anderley Ferreira Marques. Ele abordou a importância da correta utilização das movimentações nos sistemas judiciais, especialmente no contexto da justiça criminal e cível.
Segundo o juiz, os dados estatísticos de produtividade das unidades judiciais e dos tribunais, bem como diversos indicadores gerenciais e tecnológicos, são essencialmente medidos a partir das movimentações lançadas por magistrados(as) e servidores(as), e posteriormente informados ao DataJud. “Este webinário é uma oportunidade de ampliar o debate e aprofundar o conhecimento sobre um tema essencial. A questão vai além da simples movimentação processual: trata-se de compreender o papel dos dados na rotina dos gabinetes e, de forma geral, também nos cartórios”, explicou.
Ainda de acordo com Anderley Marques, entender como funcionam esses registros, o que é efetivamente medido e quais movimentações devem ser realizadas é crucial para garantir que a produção das unidades judiciais esteja fielmente refletida nas estatísticas do Poder Judiciário. “Essas informações impactam diretamente em iniciativas como o relatório Justiça em Números, o Prêmio CNJ de Qualidade, além de inspeções e correições”, afirmou.
Ele acrescentou que, por se tratar de um serviço público, é dever dos(as) magistrados(as) e servidores(as) prestar contas da execução das atividades, sempre com foco no aprimoramento e na qualidade da gestão judicial.
Por Marcus Vinícius