Com foco na saúde mental no trabalho, a Escola Superior da Magistratura da Paraíba (Esma-PB) promoveu, na manhã desta sexta-feira (17), o webinário ‘Comunicação Não Violenta (CNV): Como Melhorar o Diálogo no Ambiente de Trabalho’. A temática foi voltada aos(as) magistrados(as) e servidores(as) do Poder Judiciário estadual e, também, o público externo.
O webinário foi mediado por Éverton Procópio de Souza, que é mestre em psicologia da Saúde. Ele destacou que a temática buscou tratar da comunicação não violenta no ambiente de trabalho, ou seja, como lidar com ela, evitar conflitos nas relações interpessoais e compreender como, às vezes, uma fala, um gesto ou uma expressão podem gerar conflitos. “Nosso objetivo é entender como minimizar essas situações no dia a dia profissional”, disse.
Para a palestrante e psicóloga Silnara Araújo Galdino, a comunicação não violenta, atualmente, também envolve compreender as interações comunicativas como ferramentas fundamentais para a promoção da saúde mental. Segundo ela, desde a infância, enquanto seres de convivência, busca-se a socialização, e as habilidades de fala e escuta são essenciais para a construção da estabilidade emocional, contribuindo para o autocuidado e para a saúde mental individual e coletiva. “A comunicação não é apenas transmissão de informação – é ato de cuidado institucional. Cada servidor é, antes de tudo, um agente de linguagem: um criador de climas emocionais dentro da Justiça”, falou.
Já a também conferencista Clarissa Paranhos Guedes, especialista em psicologia no Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo do Tribunal de Justiça da Paraíba, iniciou sua fala com a seguinte reflexão: “Eu consigo me comunicar com assertividade?”. Para a palestrante, a mensagem explica a importância da comunicação assertiva, que envolve expressar suas necessidades sem agressão ou ferir os outros, e ser efetivamente ouvido. “A comunicação é complexa e influenciada por vários fatores, criando ruídos na interpretação. A chave é construir uma comunicação que evite reações negativas e não leve as informações para o lado pessoal”, frisou.
Por Marcus Vinícius