Desembargador Marcos Cavalcanti é empossado no IHGP

Notícia


“Defendo a teoria de que se deveria escrever a história de cada município do Estado da Paraíba"

Eleito por unanimidade entre os sócios efetivos, o mais novo membro do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano (IHGP), desembargador do TJPB Marcos Cavalcanti de Albuquerque (foto), tomou posse nesta quinta (19), ocupando a cadeira 44, cujo patrono é o historiador Celso Marques Mariz. A vacância decorreu do falecimento do historiador Mário da Cunha Raposo. A solenidade  contou com a participação de desembargadores, juízes, autoridades políticas  e familiares do empossado. O desembargador João Benedito da Silva representou o presidente do Tribunal, desembargador Luiz Silvio Ramalho Júnior.


Na ocasião, o presidente da Instituição, Humberto Fonseca Lucena, disse que via com bons olhos a chegada do desembargador como membro, acrescentando que os estudos historiográficos do magistrado eram de grande valia para o Instituto. “Ele já toma posse com uma produção histórica bastante densa, com registros históricos sobre Mamanguape, estudos sobre a Igreja do Carmo e os carmelitas da Paraíba e, como sabemos, o tema religioso é bastante significativo na fundação das grandes cidades brasileiras”, afirmou.


Quanto aos critérios para a escolha do desembargador, o presidente da casa explicou que este procedimento era regimental. “São 50 cadeiras ocupadas que só ficam vagas com a morte do ocupante. Quando isso ocorre, com 30 dias, o Instituto declara a vacância e os interessados se inscrevem para ocupá-la, mediante eleição entre os membros efetivos”, falou.


O empossado afirmou que é um orgulho fazer parte da constituição do Instituto, por ser este, “a  Instituição cultural mais antiga do Estado da Paraíba, fundada em 7 de setembro de 1905, prestes a completar agora 105 anos”.


Quando perguntado pela produção dos historiadores locais, o desembargador elogiou a iniciativa e o interesse dos mesmos, mas acrescentou que deveria haver um estudo mais sistemático. “Defendo a teoria de que se deveria escrever a história de cada município do Estado da Paraíba. Não só a História como a genealogia, município por município. Porque os historiadores locais registram os fatos que a História oficial não registra.”, falou.


Quanto aos projetos relacionados ao Instituto, o desembargador Marcos Cavalcanti disse que iria lançar mais três livros, e que um deles já estava no prelo, e seria anunciado em breve. “É o meu projeto personalíssimo: continuar com a pesquisa da História da Paraíba”.


Obras: Com sete obras publicadas, o desembargador dedicou quatro delas à pesquisa histórica. Além de “Nobiliarquia Mamanguapense” e “Mamanguape: apogeu, declínio e ressurgimento”, Marcos Cavalcanti registrou a história da Ordem dos Padres Carmelitas no Nordeste do Brasil, em “História da Ordem Terceira do Carmo da Paraíba” e no livro “Coletânea Carmelita”, que contém a regra, estatutos e documentos da Ordem Carmelita direcionados para as Ordens Seculares.

Fonte: TJPB