Práticas sustentáveis são discutidas durante webinário promovido pelo TJPB e Esma

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A sustentabilidade como mudança de hábitos culturais, responsabilidades e a colaboração de todos, alertas aos efeitos extremos climáticos como desafios à sobrevivência da humanidade, coleta seletiva, destinação correta de resíduos e o Plano de Logística Sustentável foram assuntos que mobilizaram o Webinário promovido pelo Tribunal de Justiça da Paraíba e a Escola da Magistratura (Esma), nesta quarta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente.

O evento digital, que teve como tema ‘Sustentabilidade no âmbito do TJPB: Boas práticas e avanços na implantação do Plano de Logística Sustentável’ foi aberto pelo professor e gerente acadêmico da Esma, Flávio Romero Guimarães, que ressaltou o dia como extremamente importante, bem como o webinário. Segundo pontuou, a sustentabilidade pressupõe a inclusão, destacando que a Esma, assim como todo o judiciário brasileiro, atua neste sentido.

Ele fez um recorte histórico sobre as discussões em torno da situação climática, reforçando a necessidade de não mais se pensar o que deve ser feito, mas sim de agir, enfatizando a legislação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a qual transforma a discussão da sustentabilidade em caráter interdisciplinar. “Já não se fala mais em agenda de prevenção, a agenda hoje é, como é que se vai fazer estudos ambientais para mitigar ou diminuir os impactos dos fenômenos extremos. Não dá mais para pensar o mundo como anos atrás”, realçou.

A juíza Ivanoska Maria Esperia Gomes dos Santos, que ressaltou a importância da atuação do Núcleo Socioambiental do Tribunal de Justiça, também reforçou a ideia de que não se há mais o que pensar e sim agir, em relação à situação da crise climática. A magistrada salientou, ainda, a mudança de hábitos quando se trata de adotar práticas sustentáveis e que cada um fazendo sua parte, só tem a somar nas iniciativas, principalmente no ambiente de trabalho.

A magistrada destacou as ações que o Núcleo Socioambiental vem implementando em termos de práticas sustentáveis, em cumprimento à legislação do CNJ nesta seara, a exemplo do trabalho de descartes, a inclusão e as pautas referentes aos meses, como novembro azul, maio amarelo, dentre outras. “No começo é uma questão de hábito, que vem da educação mesmo. A gente tem que pensar, nesta forma teórica da aula de hoje, de cada um fazer sua parte, porque somamos. Um simples papel jogado fora do carro, já prejudica o meio ambiente”, alertou a juíza Ivanoska Maria Esperia.

Reflexão - Por sua vez, a palestrante Viviane dos Santos Sousa detalhou sobre a construção do Plano de Gestão dos Resíduos Sólidos (PGRS) do Poder Judiciário paraibano e enfatizou a necessidade de reflexão por parte de todos. Ela associou a discussão da sustentabilidade como uma forma de resiliência, fazendo uma pergunta de como o ser humano está se adaptando às mudanças climáticas atualmente?  Segundo destacou, as ações do homem em relação à natureza têm retorno e que a sustentabilidade também é uma questão cultural.

“Hoje a gente fala de sustentabilidade, não fala só do meio ambiente. A sustentabilidade é multidimensional. Eu não posso ser sustentável no campo ambiental se eu não tenho justiça social, se eu não tenho inclusão, se eu não respeito a diversidade, se eu não respeito a cultura do outro, principalmente, se eu não tenho ética”, comentou.

Durante a palestra a professora Viviane Santos explicou que o PGRS do TJPB tem como diretrizes o gerenciamento dos resíduos, os quais compreendem desde a geração, segregação, acondicionamento, sistema de transporte interno, coleta, destinação final, bem como capacitação e ações de educação ambiental.

Ela comentou, ainda, sobre a Política dos 5 Rs: Recusar - aquilo que você não precisa no momento; Repensar - hábitos e atitudes de consumo; Reaproveitar - materiais para aumentar a vida útil dos produtos; Reduzir - geração de lixo e Reciclar - materiais para que se tornem novos produtos.

Por Lila Santos