Cidesma destaca soluções inovadoras e meios consensuais para o futuro do Judiciário

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Com uma proposta dinâmica, pautada em uma oficina prática de inovação baseada na metodologia do Design Thinking, o juiz Jeremias de Cássio Carneiro de Melo, do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), a servidora Aline Fernandes da Nóbrega, da Coordenação de Inovação do TJPB, e o auditor do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), André Agra Gomes de Lira, conduziram a discussão sobre o tema ‘Tecnologias Emergentes e Inovação na Gestão Pública’.

O minicurso foi realizado nesta sexta-feira (14), encerrando a programação da manhã do 3º Congresso Internacional de Direito (Cidesma), que dedicou aos temas relacionados às tecnologias emergentes e aos meios consensuais de resolução de conflitos. O congresso reafirma o compromisso da Escola Superior da Magistratura da Paraíba (Esma-PB) em estimular um Judiciário cada vez mais inovador, integrado e colaborativo.

Durante o minicurso sobre tecnologia, a atividade convidou os participantes a refletirem e proporem soluções criativas para quatro desafios contemporâneos da Justiça: Acesso à Justiça e Inclusão Digital; Linguagem Simples e Comunicação Judicial; Eficiência Processual e Inteligência Artificial; e Sustentabilidade e Justiça Ambiental.

Segundo o juiz Jeremias de Cássio, não basta diagnosticar problemas, é necessário criar espaços em que magistrados, servidores, advogados, estudantes e professores possam desenvolver soluções concretas de forma colaborativa. “Os participantes terão suporte para desenvolver protótipos de linha tecnológica, na esteira da produção do MVP, ainda no ambiente de laboratório. Isso é algo novo para os laboratórios de inovação do Judiciário e entendemos como um caminho para entregar soluções mais tangíveis e testáveis imediatamente”, destacou.

Nesse contexto, Aline Fernandes ressaltou que a metodologia aplicada, centrada na experiência e na percepção do usuário, pode ser replicada para diferentes desafios da gestão pública. “Para enriquecer a oficina, o Lyno também realizou uma pesquisa durante o evento, ouvindo os congressistas sobre essas temáticas, reforçando o foco em soluções efetivas e conectadas à realidade dos usuários do sistema de Justiça”, afirmou.

O último minicurso da programação foi ministrado pela juíza Catarina de Macedo Nogueira Lima e Corrêa, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), com o tema ‘Meios consensuais de resolução de conflitos: justiça restaurativa, conciliação e mediação’.

Para a magistrada, o Judiciário de hoje já não é o mesmo de cem anos atrás. “Atualmente, as pessoas não buscam apenas uma sentença ou decisão, mas sim a resolução efetiva de um problema. Os métodos consensuais de solução de conflitos colocam as partes como protagonistas na construção das próprias soluções, tornando o processo mais humano e participativo”, afirmou.

Ela acrescentou que “a solução consensual de conflitos é o que torna o Judiciário mais efetivo e preparado para lidar com as demandas e complexidades do mundo atual”.

A programação continua, a partir das 14h, com salas de interação, exposição e lançamento de livro. O encerramento do 3º Cidesma será com o psiquiatra e escritor Augusto Cury.

Por Marcus Vinícius