A aula foi destinada aos professores da Escola
O professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Milton Marques Júnior ministrou, na manhã desse sábado (14), a Jornada de Literatura. A aula aconteceu na Escola Superior da Magistratura (Esma), em João Pessoa, e foi destinada aos juízes que lecionam na Instituição. O tema abordado pelo mestre e doutor em Literatura Brasileira foi “A Justiça dos deuses e a Justiça dos homens”, com o foco no filósofo Platão.
“Eu acho que o sentido de Justiça, hoje, está muito desvirtuado. Se as pessoas pensarem um pouco naquilo que Platão falou a respeito do assunto, na República, elas vão perceber como acontece esse desvirtuamento. Para que exista Justiça é preciso que se pense no bem comum. A situação que temos no Brasil, atualmente, é a preocupação com o bem privado”, comentou Milton Marques Júnior. Ele ressaltou, ainda, que o que foi dito pelos gregos – guardando-se as devidas proporções – não é passageiro. “Conforme Platão, que eu considero atualíssimo, fazer Justiça é uma prática diária”.
Para o coordenador administrativo da Esma, professor Félix de Carvalho, o palestrante deu um verdadeiro “banho” de cultura clássica, durante sua explanação. “O que vimos foi uma aula muito bem preparada, com uma abordagem sólida, fundamentada. Esse tipo de iniciativa que a Escola vem promovendo para seus professores tem a finalidade de enriquecer intelectualmente nosso corpo docente”.
O juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública de João Pessoa e professor da Esma, Carlos Sarmento, participou da Jornada de Literatura e falou da importância da palestra para seu desenvolvimento profissional. “A Literatura também faz parte do Direito. Por outro lado, é sempre bom estudar Filosofia e Literatura Clássica. A Diretoria da Escola está de parabéns, quando visa ampliar o conhecimento de seus professores”.
Em outubro, a Esma realizou a jornada didático-pedagógica, coordenada pelo professor Carlos Jales. No mês de março do próximo ano, está prevista outra jornada, provavelmente na área de teoria do conhecimento.
Por Fernando Patriota