Esma conclui Mediação e Técnicas Autocompositivas em Sousa

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  “Clama-se por uma atividade judiciária mais humanizada e próxima do jurisdicionado", juiz Antônio Carneiro

Mais uma turma concluiu o curso de aperfeiçoamento de Mediação e Técnicas Autocompositivas, promovido pela Escola Superior da Magistratura (Esma), na

comarca de Sousa. Durante dois dias,  juízes, conciliadores e juízes leigos do Poder Judiciário, representantes do Mi

nistério Público e da Defensoria Pública tiveram  a oportunidade de melhorar seus conhecimentos na área de conciliação de conflitos jurí

dicos, tendo como base o Manual de Mediação Judicial do Ministério da Justiça.

Para o juiz titular do 1º Juizado Especial Cível e Criminal de Sousa, Henrique Jorge Jácome de Figueiredo, a iniciativa da Esma é louvável em brindar os magistrados e operadores do Direito da região de Sousa com o curso de aperfeiçoamento. “A escolha do tema e a forma de exposição utilizada pelos juízes Antônio Carneiro e Gustavo Procópio merecem elogios”.

Ele disse, ainda, “que o curso renova a consciência e os ideais de cada participante, chamando para uma mudança de postura, além de convidar para a adoção de medidas simples, mas capazes de abrir horizontes. Fiquei muito satisfeito e espero que eventos como esse se repitam”, enfatizou  Henrique Jácome.

Um dos ministrantes do curso, o juiz titular do 2º Juizado Especial Cível e Criminal de Campina Grande, Antônio Carneiro de Paiva Júnior, esclareceu que as técnicas autocompositivas, além de expor mecanismos e habilidades que visam a solução de conflitos, destacam a extrema necessidade de mudança de mentalidade e de paradigmas.

Segundo ele, a sociedade moderna, com todo o grau de conscientização política e social, exige uma prestação de serviço judicial eficaz, onde a celeridade não ostenta condição única de satisfação. “Clama-se por uma atividade judiciária mais humanizada, mais próxima do jurisdicionado, onde o juiz conheça não apenas a verdade estreita dos autos (visão clássica), mas o interesse real das partes, muitas vezes encoberto pelo formalismo processual”.

Antônio Carneiro explicou que é neste contexto que o operador do Direito deve se situar, sensível às novas demandas, preocupado com a satisfação dos usuários. “A arrogância e o autoritarismo de uma jurisdição monopolizada e arcaica devem ceder espaço ao novo Judiciário, sensível ao ser humano que sofre, que se angustia, que trabalha, que erra, que acerta e que busca dias melhores”.

Por Fernando Patriota
Do TJPB e Esma