As principais mudanças promovidas pelo novo CPC estão sendo debatidas até esta sexta na ESMA

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Des. Leandro abriu o ciclo de conferências
As inovações e desafios do Novo Código de Processo Civil (CPC) foi debatida na noite desta quinta-feira (9), no auditório da Escola Superior da Magistratura (ESMA), da Capital. O evento “Considerações sobre o novo CPC” foi aberto pelo vice-presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), desembargador José Ricardo Porto, que representou, na ocasião, o presidente da Corte, desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque.

Em seguida, o desembargador Leandro dos Santos abriu o ciclo de conferências que ocorrerá até a tarde dessa sexta-feira (10).

O evento, que reúne desembargadores, juízes e assessores, é promovido pelo TJPB, através da Instituição Acadêmica, tendo a parceria da Associação dos Magistrados da Paraíba (AMPB), buscando apresentar e analisar as inovações e desafios do novo CPC e as demandas específicas da Magistratura, decorrentes da nova legislação no julgamento de processos.

Para o desembargador Leandro dos Santos, a nova lei traz uma série de mudanças que buscam conferir uma nova dinâmica para o Processo Civil no país. “É um Código com muitos aspectos de modernidade. Entretanto, temos de aguardar para termos uma definição se ele será apenas mais um código ou se o CPC será um marco de um novo momento para o Judiciário brasileiro”, disse.

Ainda segundo o conferencista, quando entrar em vigor em março de 2016, o novo CPC terá aplicação imediata, tanto nos novos processos quanto naqueles em curso. A expectativa é que os processos judiciais de natureza civil possam ser simplificados e se tornem mais rápidos.

Dentre as diversas alterações promovidas pelo Congresso Nacional, estão: a conciliação e mediação, prazos, ordem cronológica dos processos, ações coletivas e repetitivas, atos processuais, dentre outras.

O desembargador Marcos Alaor Diniz Grangeia, do Tribunal de Justiça de Rondônia e um dos membros que elaboraram o projeto do Novo Código de Processo Civil, ressaltou que o novo Código oferece uma visão nova de segurança jurídica.

“No primeiro momento, o CPC não está preocupado nem com a celeridade. Celeridade será consequência desta nova visão que o código traz. Uma visão que deve existir uma segurança jurídica e que os litígios precisam serem melhor resolvidos”, assegurou.

Na ocasião, o desembargador Ricardo Porto afirmou acreditar que a nova legislação trará maiores benefícios para os jurisdicionados. Entretanto, ressaltou ser necessária que haja também uma ampla participação dos advogados, Ministério Público e do Poder Judiciário como um todo.

O diretor adjunto da ESMA, juiz Ricardo Vital de Almeida, ressaltou que mais uma vez a Escola está sendo palco de grandes discussões jurídicas. “Há um novo CPC e, evidentemente, precisamos acompanhá-lo, ainda que já sob ameças de reformas, antes mesmo da sua entrada em vigor”, afirmou.

As regras do Novo Código de Processo Civil passam a valer a partir de 2016, um ano após a publicação do Código, sendo revogado o Código de Processo Civil anterior, que está em vigor desde 1973.

Também estiveram presente ao evento, os desembargadores Arnóbio Alves Teodósio (corregedor-geral de Justiça), Joás de Brito Pereira Filho, Romero Marcelo da Fonseca Oliveira e João Benedito da Silva, o diretor do Fórum Cível da Capital, juiz Inácio Jario Queiroz, além de magistrados, assessores e servidores da Justiça estadual.

2º Dia – Dando continuidade à programação, nessa sexta-feira (10) a partir das 8h30, o desembargador do Tribunal de Justiça de Rondônia, Marcos Alaor Diniz Grangeia, abordará o tema “Precedentes e Jurisprudência”.

O evento será encerrado pelo juiz estadual do Piauí, Tiago Brandão de Almeida, no período da tarde com o tema “Novo CPC: primeiras impressões sobre o impacto na atividade jurisdicional”.

Os dois palestrantes foram integrantes da Comissão de Juristas na reforma que elaborou o projeto do Novo Código de Processo Civil, então presidida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux.

Por Marcus Vinícius